Médicos reunidos no 53º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial alertaram para o ressurgimento de doenças e aumento de casos de outras patologias decorrentes de falhas nas políticas públicas de prevenção. Entre as doenças mencionadas está a sífilis, cujo número de casos diminuiu até o fim dos anos 90, mas recentemente voltou a preocupar. São seis milhões de novos casos notificados em todo o mundo.
A
Dra. Eliane Rosseto, imunopatologista e mestre em ciências da saúde,
apresentou o estudo Syphilis Surveillance Supplement 2013-2017 no
congresso. O objetivo do trabalho foi identificar características e
comportamentos comuns nos casos de sífilis primária e secundária nos
Estados Unidos. A Dra. Eliane destacou que houve um aumento
significativo de casos de sífilis primária e secundária em mulheres e
homens que fazem uso de drogas injetáveis.
subnotificação é um problema. Aqui, o registro de casos de sífilis é exigido apenas para gestantes”, afirmou a Dra. Eliane.
Para o Dr. Edimilson Migowski, médico e presidente do Instituto Vital Brazil, é inaceitável alguém ficar com sequelas graves ou morrer por doença passível de prevenção. “Eu faço um apelo aos adultos (em sua maioria profissionais de saúde) aqui presentes: chequem seus cartões de vacinação”, exortou.
O pedido feito por Dr. Edimilson foi motivado pela reemergência do sarampo nos últimos dois anos. Foram registrados 364.808 casos da doença em 182 países no primeiro semestre de 2019, o triplo da quantidade de casos notificados no mesmo período de 2018, com 129.329 registros. A OMS estima que milhões de pessoas estejam em risco de contrair a doença.
Segundo o Dr. Edimilson,
uma das causas para o aumento de casos de sarampo é o movimento
antivacina. A iniciativa chegou a apresentar um suposto “embasamento
científico”, com um artigo publicado no periódico The Lancet, que
associava a tríplice vacina ao autismo e outras complicações de saúde.
Doze anos depois, a revista se retratou sobre a publicação, que se
mostrou fraudulenta.
Fonte: Medscape
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